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In other words...

Tuesday 31 December 2013

Au revoir, 2013

Receei a chegada de 2013, não sem alguma razão: 2012 foi um ano tão fantástico, tão cheio de coisas boas, que dificilmente alguém acreditaria voltar a ter a sorte de mais 365 dias tão bons. Mas a verdade é que 2013 não lhe ficou atrás. Aliás, se compararmos as negatividades de um e de outro, este último ficou a ganhar largamente: até as idas ao hospital foram por muito boas razões (não, ainda não há bebés a caminho).
Este ano que passou foi mais ligeiro em termos de viagens, mas voltei a viver três dias na minha cidade, num estágio de lua-de-mel, e conheci um bocadinho mais deste país onde nasci e cresci e do qual aprendi a gostar tanto como se gosta de um bom livro.
Ganhei um marido a quem ofereci um par de sogros e uma catrefada de cunhados, enquanto que recebi a mesma quantidade de sogros (vocábulo que ainda não me habituei a usar) e um muito mais ínfimo número de cunhados. Fiquei a perder largamente até porque, na minha opinião muito pouco imparcial, os que lhe dei são de qualidade muito superior…
Foi um ano cheio de casamentos, de casais felizes, de lágrimas mal disfarçadas e de muita dança.
Perdi 4 quilos mas consegui recuperá-los (e que bem me soube!)
Ao fim de um ano, reuni toda a coragem necessária e, finalmente, publiquei online, o livro que escrevi.
Larguei, finalmente, um semi-emprego do qual não gostava nada, que não me preenchia e que estava muito aquém daquilo que gosto e sei fazer, para abraçar aquele que, sem o saber, foi feito para mim e à minha medida.
Descobri que, ao contrário daquilo que pensava, não é impossível nem, para ser honesta, verdadeiramente complicado, conectar com outras pessoas e deixá-las passar ao estatuto de amigos para além dos 20 anos. Dá mais trabalho porque há muita história para contar e muita história para ouvir, mas é uma das razões por que sabe tão bem.
Cheguei a um ponto de viragem da minha/nossa vida em que cada dia é um desafio, um entusiasmo, uma ansiedade positiva que obriga a sorrir, porque olhando quer para trás quer para a frente, é impossível não constatar que tudo o que conseguimos reunir com uma braçada é, sem qualquer dúvida, muito melhor do que alguma vez poderíamos ter sonhado.
Passou-se mais um ano e tenho a imensa sorte de poder repetir que sou feliz todos os dias. Se sou feliz a cada momento de cada dia? Hoje posso dizer que sim, sou. Porque por uma qualquer razão que desconheço (e graças aos morosos ensinamentos do meu marido) o que é bom na minha vida tem uma presença tão forte, tão poderosa, que sou quase incapaz de prestar demasiada atenção ao que não o é. Sorrio, sorrio mesmo muito, e rio quase tanto.
Que 2014, com todas as mudanças que promete, seja pelo menos tão bom como 2013. Melhor, se possível.

Feliz 2014!

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