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Thursday 25 July 2013

Vocação: fada madrinha


Muitas vezes o meu marido se regozija com o facto de já não termos de andar a pensar em ementas, de não termos de ir a correr à quinta para decidir a decoração nem termos de marcar reuniões com o Dj, o catering ou qualquer outro profissional relacionado com o casamento, porque já não temos de planeá-lo. E de todas as vezes eu respondo honestamente que adorei essa parte: decidir os convites, imaginar os cenários decorativos, planear o mapa das mesas, escolher as alterações do vestido. Tudo isso fez dos meses que antecederam o casamento uma experiência divertida que adoraria poder repetir.
Não me chega uma festa de anos, um jantar temático ou o Natal. O tema do casamento enche-me as medidas desde que sou criança, mas sempre achei que fosse como a maioria das mulheres que sonha com o seu próprio dia especial, com o concretizar da grande prova de amor. Todavia, cheguei à conclusão de que o meu não me bastou. Foi especial, sim, o melhor dia da minha vida até agora, as horas em que mais me diverti desde que pus os pezinhos neste mundo e voltaria a vivê-lo todas as vezes que fossem possíveis. Mas esta minha paixão vai além do meu próprio casamento e ainda hoje dou comigo à procura de blogs sobre histórias de amor que resultam num nó entrelaçado com a ajuda de amigos e da família num momento de alegria contagiante, a abrir sites de fotografias de noivos, noivas, padrinhos e meninas das alianças, e vou sentido pena de que o único casamento que alguma vez organizarei com tanto empenho e tão intensamente já tenha passado.
Não tenho jeito nenhum para desenhar, para pintar, cortar, colar ou qualquer outra coisa que se relacione com artes plásticas, mas tenho imaginação e uma alma incuravelmente romântica que me fez descobrir que devia ter nascido com duas mãos direitas e artísticas, porque estou a chegar à conclusão de que, se pudesse, fazia dos casamentos a minha vida.

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