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Thursday 25 July 2013

Isto do Casamento (5) - O ramo

Sou das poucas mulheres que conheço que não ligam a flores. Posso passar num jardim e apreciar-lhes as cores ou o cheiro, podem ser as únicas coisas que sei desenhar, mas um ramo de flores não é uma prenda adequada para mim. Não gosto delas. Abro, apenas, exceção a rosas vermelhas (quanto mais escuras mais bonitas) e a espigas de trigo, mas rosas já ia ter no vestido, no chão e nas mesas, já chegava. Quanto às espigas de trigo, não achei que dessem um ramo bonito.
Por isso mesmo, a escolha do meu ramo foi sendo tranquilamente adiada, até porque cheguei a considerar nem sequer levar um. No entanto, tenho na sala o ramo da minha cunhada que apanhei no casamento dela, uns dias antes de ser pedida em casamento, e tenho a oportunidade de ter mais uma recordação física desses dois momentos. Quis poder proporcionar o mesmo a alguém.
No fim de semana anterior ainda continuava sem nenhuma decisão tomada nem em vista, mas foi então que, completamente por acaso, passei pela montra de uma loja decorada com espigas de trigo e gostei do que vi, mas percebi que tinha de ser uma coisa muito bem trabalhada, com muito bom gosto, para que não ficasse nem demasiado simples nem demasiado piroso.
Pedi à agora minha sogra que encomendasse um molho delas para eu depois lhes fazer alguma coisa. A meio da semana andava eu com dois sacos de plástico repletos de espigas e tive de ir à quinta, onde pedi à dona e, também, decoradora, se me fornecia uma tirinha de ráfia, porque talvez, com a minha falta de jeito, conseguisse arranjar o ramo.
A senhora indignou-se e recusou-se a deixar-me tratar eu daquilo, já que ainda tinha tanta coisa em que pensar, pelo que se ofereceu para me fazer um arranjo simples, mas bonito. E conseguiu exatamente o que eu queria e que nunca iria conseguir fazer.
Claro que uma coisa assim custa dinheiro, pelo que no total ficou-me pela fortuna de 4€.


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