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Friday 1 February 2013

Livros de dezembro

Dezembro foi um mês consagrado, literariamente, apenas ao meu mais que tudo Ken Follet. Nada de novo, portanto. Não consigo cansar-me dele, não sinto que a cada livro dele leia a mesma história contada de uma maneira diferente, embora a espionagem e a II Guerra Mundial sejam, regra geral, um assunto comum a todos eles.
Acabei de ler o Voo final, passado em 1941, numa Dinamarca ocupada pelos Nazis. Os aviões britânicos da RAF, que tentam travar os avanços alemães, são constantemente abatidos antes de conseguirem cumprir a missão, quase como se o exército de Hitler fosse capaz de prever os seus planos. Entretanto, a descoberta de uma base secreta alemã por um jovem dinamarquês vai levar a uma aliança entre este e uma agente do MI6, que partilham a vontade de derrotar os alemães, pela qual ambos enveredam por caminhos complicados com uma grande probabilidade de insucesso.

Fotografia daqui
Contagem decrescente dá um pequeno salto no tempo e transporta-nos para o período da Guerra Fria, mais concretamente para a batalha espacial entre os EUA e a URSS, em 1951. Encontramos, então, Claude Lucas, um aparente vagabundo, que acorda na estação central de Washington sem qualquer réstia de memória. Ao longo dos dias vai, no entanto, redescobrindo a sua inteligência e compreendendo que é perito em perceber se está a ser seguindo, em esquivar-se dos perigos e em lutar contra eles. Descobre, também, que o lançamento iminente do foguetão Explorer I é uma parte fundamental da sua vida e uma das razões para a sua amnésia.
O desvendar desta a questão é o ponto de partida para o desvendar de toda a sua vida.

Fotografia daqui
Qualquer um dos livros, tal como o autor nos vai habituando, tem descrições minuciosas das ferramentas, dos aparelhos e dos artefactos técnicos utilizados pelas várias personagens, bem como das paisagens, dos locais e dos intervenientes, tornando-se, assim, muito fácil imaginarmo-nos no centro da ação, enquanto assistimos ao seu desenrolar. O estilo literário é fluido, embora a linguagem não seja aquela que consideramos corrente, especialmente tendo em conta o cariz específico dos temas escolhidos (o que não constitui, de maneira nenhuma, um aspeto negativo).
Ken Follet tem uma capacidade que me deixa maravilhada, que é a de conseguir ser imparcial ao acompanhar as descrições, decisões e atitudes de qualquer uma das suas personagens, sejam elas antagonistas ou não, o que mantem o suspense até ao final e dificulta a tomada de partido precipitada por parte dos leitores.

1 comment:

C*inderela said...

Ainda não li nada dele mas gostava!

Bjokas.