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Thursday 25 October 2012

Livros de outubro

Ultimamente tenho feito várias viagens em transportes públicos, especialmente de metro, e como nunca gostei de ficar parada num sítio a olhar para nada ou, pior, a captar todas as conversas e gestos de pessoas que me são estranhas, ando sempre com um livro atrás. Por essa razão, nunca li tantos livros em tão pouco tempo como agora.
Tal como habitualmente, tenho intercalado um livro a sério com um livro mais pipoca não para compensar nada mas porque já faço isso há muito tempo e, assim, não me canso do que leio.

Imagem de: http://asleiturasdocorvo.blogspot.pt/2009/10/os-filhos-da-liberdade-marc-levy.html

Em outubro comecei por ler os filhos da liberdade, de Marc Levy, que conta de uma forma maravilhosa a história de um grupo bem organizado de adolescentes, sobretudo imigrantes das mais variadas proveniências, que faz parte de uma brigada de Resistência ilegal durante a ocupação nazi em França na segunda guerra. Esta é, na verdade, a história do pai do autor e do seu irmão/tio, que viveram, de facto, os acontecimentos relatados no livro.
Por muito que o desenlace seja favorável a algumas personagens, o final de um livro assim nunca é feliz devido a tudo o que foi acontecendo ao longo da história, especialmente porque sabemos que algumas situações fizeram mesmo parte da História de algumas pessoas reais. Mas é o final agri-doce por que se espera e que nos obriga a refletir na nossa vida e a verificar que somos uns sortudos por podermos viver em tanta liberdade.
Só não gostei da estratégia que o autor usa para relatar o futuro sem lá chegar, com construções frásicas do género mal ele sabia que na semana seguinte..., ou nesse momento, ela não podia imaginar que... De qualquer modo, recomendo-o vivamente.

Imagem de: http://letrasepaginas.blogspot.pt/2009/07/noiva-italiana-nicky-pellegrino.html

Seguiu-se-lhe A noiva italiana, onde Nicky Pellegrino nos apresenta um pai italiano, uma mãe inglesa e duas filhas de mistura a viver em Londres. A filha mais nova está à frente do restaurante que fora do pai e está prestes a casar, enquanto que a filha mais velha é designer de vestidos de noiva por conta de outrem e ficou de fazer o vestido da irmã. É nesses serões de costura que se vai sentar com a mãe a ouvi-la explicar por que razão a sua família e uma outra família com as mesmas origens e que também tem um negócio relacionado com a alimentação se odeiam tanto. E essas revelações vão ter repercussões no presente e no futuro de cada um dos membros das duas famílias. 
O romance tinha bastante potencial, mas desenvolve apenas a história do passado, deixando a do presente um bocado à deriva. Isto é, apresenta um início e uma conclusão para a história que a mãe conta, mas conclui os factos atuais por que nos faz ansiar ao longo das várias páginas com um epílogo atabalhoado e feito à pressa. Senti-me defraudada. De qualquer forma é uma boa companhia para as horas de trânsito.

Imagem de: http://www.bartsbookshelf.co.uk/2010/10/12/yad2-who-wants-to-live-forever-a-guest-post-by-gemma-malley/

Ontem comecei a ler O pacto - o crime de ter nascido, de Gemma Malley, o primeiro de uma trilogia sobre um futuro onde a  imortalidade é possível e a descendência é um crime com séries consequências. Darei a minha opinião quando o acabar.

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